Ainda na sequência do conteúdo do post da primeira semana do mês de Agosto, e na sequência de um artigo publicado também durante o mês de Agosto numa revista editada pelo MIT Press, sobre o sistema de qualificação científica mínima utilizado na Itália, um país que (ao contrário de Portugal onde há cada vez mais publicações que interessam cada vez menos à comunidade científica mundial) possui um número de artigos altamente citados que já é superior ao do Japão (isto já para nem falar dos 14 prémios Nobel ganhos pelos cientistas daquele país, tendo 3 deles ocorrido no século 21, ao contrário do nosso país que desgraçadamente anda há mais de 70 anos a vê-los passar) faz sentido perguntar, o que é que Portugal ainda está à espera para adoptar um sistema de qualificação similar ao que é utilizado naquele país, para assim tentar impedir que aqueles que possuem uma obra científica sem qualquer impacto possam chegar a Professores Associados e até a Professores Catedráticos em universidades Públicas, somente por conta de ligações familiares, politicas ou maçónicas. Os quais, como é sabido, vão depois apadrinhar candidatos do mesmo deplorável “calibre”.
PS – Anexa-se abaixo o link para o site da Agência Italiana responsável pela qualificação científica mínima de Professores Associados e Professores Catedráticos https://www.anvur.it/en/activities/asn/ qualificação científica mínima essa que possui ainda a vantagem extra de permitir “caçar” aqueles candidatos que não se coíbem de colocar mentiras nos currículos académicos (que em Portugal, espantosamente, não são criminalizadas) porque a mesma é baseada em métricas que são facilmente verificáveis.