Será que 2022 é o ano em que a impunidade catedrática chega finalmente ao fim ?

Na parte final de um post publicado em 2021, mencionei vários casos de catedráticos, que muito embora tenham sido condenados em tribunal, por terem cometido crimes, ainda assim não foram expulsos da universidade pública onde exerciam funções, algo que jamais ocorreria em universidade estrangeiras, onde há catedráticos que foram despedidos por conta de assédio a alunos de doutoramento.

Pois bem, hoje o jornal Público dá conta de um incrivel caso, que diz respeito a uma catedrática da universidade do Porto, que é acusada em sede de processo disciplinar, de ter atacado com um frasco de ácido uma técnica de laboratório e um professor que sofreu cortes nos braços, tendo o bizarro acontecimento levado inclusive à chamada da PSP aquela universidade para tomar conta da ocorrência. https://www.publico.pt/2022/03/30/sociedade/noticia/professora-universidade-porto-acusada-atacar-colegas-garrafa-acido-2000621?ref=hp&cx=latest_news_a_v2–496639

Como se isso já não fosse suficientemente grave, o artigo vai ao ponto de informar que a referida catedrática costuma acusar funcionárias, que estão grávidas, de não quererem trabalhar e ainda de usar de uma linguagem depreciativa relativamente outros Colegas, linguagem essa que os funcionários públicos estão proibidos de usar nas suas funções profissionais, com recurso a expressões como “osga” ou “prostituta colombiana“.

Será que este gravissímo caso poderá levar à expulsão da referida catedrática da universidade do Porto, ou será que os factos relatados serão considerados menos graves do que aqueles que ditaram a expulsão, na mesma universidade, de um professor por causa de artigos sem credibilidade ou deste outro aqui, significando isso que a impunidade catedrática da academia Portuguesa vai prevalecer ?

PS – Ainda sobre impunidade catedrática convém também não esquecer isto aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/08/reitor-diz-que-os-juris-academicos.html