Afinal já não é só nos EUA que o h-index é utilizado na promoção de professores universitários, também o é num recente concurso para um lugar de catedrático no departamento de engenharia civil da universidade de Lisboa, que foi publicado num Edital de 6 de Dezembro, onde é exigido um h-índex mínimo de 15 na base Scopus.
Curiosamente, há oito anos atrás analisei o desempenho, em várias métricas, dos professores com tenure (Associados e catedráticos) do referido curso de engenharia civil, nas seis universidades mais competitivas (UA, UC, UM, UNL, UP e UL) e constatei que o h-índex médio (após remoção das auto-citações), correspondente aos 5% de Professores com melhor desempenho tinha o valor de 15. O referido artigo também mostrou que para os catedráticos com o melhor desempenho no Imperial College e no MIT, da mesma área, o h-index médio, era respectivamente de 18 e de 30.
PS – A supracitada métrica, ou quaisquer outras, seriam desnecessárias se existisse em Portugal um sistema de qualificação científica mínima como existe na Itália. Recordo também que em 10 de Janeiro de 2020, sugeri uma medida radical, para poupar vários milhões de euros, que seriam utilizados para contratar jovens investigadores de elevado potencial (desempregados, que sem dúvida irão trabalhar para enriquecer outros países que não o nosso), e que passaria pelo despedimento dos professores Associados e Catedráticos com um h-índex inferior a 10 (e também de todos os professores-coordenadores e coordenadores-principais, com um h-index inferior a 5) por violação grave do dever de investigar consagrado no ECDU e no ECDESP, leia-se produzir um mínimo de outputs cientificamente relevantes no contexto internacional.