Será que ter o pior resultado entre 20 instituições de ensino superior nacionais é motivo para felicitação ?

Usualmente só costuma haver condecorações (e felicitações) para os três primeiros classificados (ou para aqueles cujo desempenho se situa no grupo dos melhores 0.1%, 1% ou até mesmo 5%)  porém não é isso que se passa na cidade dos fenómenos que é Castelo Branco, onde há um Politécnico (que já se tinha congratulado por conta de um péssimo resultado) cujo Presidente ao pronunciar-se sobre os recentes resultados da 1ª fase de acesso ao ensino superior, se congratula pelo facto de 74% dos que escolheram aquela instituição o terem feito como 1ª opção da candidatura. Trata-se porém de um resultado que como se pode ver abaixo é o pior num grupo de 20 instituições públicas:


1 – ISCTE……………..186%
2 – UPorto……………184
3 – UNova…………….170
4 – IPol.Lisboa………144  
5 – UMinho…………..137
6 – UMadeira………..134
7 – IPol.Porto………..133 
8 – ULisboa………….132
9 – UCoimbra……….127 
10 – UAveiro…………115
11 – IPol.Setubal…..112
12 – UALG……………110
13 – UTAD……………101   
14 – UAçores………..100
15 – UÉvora…………. 99
16 – IPol.Coimbra…..98
17 – IPCA………………96
18 – IPol.Leiria……….95
19 – UBI………………..84
20 – IPol C.Branco…74

Sem surpresa o Presidente do referido politécnico  (António Fernandes, a quem a Scopus credita 5 publicações e um impressionante h-index=2) nada disse sobre o facto de ter havido quatro cursos com apenas 1 colocado e até mesmo dois cursos com zero colocados e nem de propósito, um desses dois cursos é ironicamente o curso onde ele é docente.    É impressionante que na primeira fase de um concurso que envolveu muitos milhares de alunos, não tivesse havido um único em todo o país minimamente interessado em aprender o que ele tem para ensinar. Quem sabe talvez se este Politécnico contratar como professores convidados estes dois génios a procura daquela instituição não rebenta a escala !