Péssimas noticias para recém-diplomados: Relatório mostra que dezenas de milhões de empresas preferem apostar na Inteligência Artificial

https://www.signalfire.com/blog/signalfire-state-of-talent-report-2025

Um recente relatório sobre contratações na área tecnológica, tendo por base mais de 80 milhões de empresas, traz péssimas noticias para os recém-diplomados em Portugal, que pensam em emigrar, pois o mesmo revela que a contratação de recém-diplomados caiu mais de 50%. As “culpas” podem ser assacadas à incerteza económica e à inteligência artificial, o que está a levar os empregadores a só admitirem contratar jovens diplomados com um mínimo de dois anos de experiência, havendo quase 40% que dizem que preferem antes apostar na inteligência artificial do que contratarem diplomados sem experiência. Em termos de contratações, a preferência principal do mercado de trabalho vai para quadros com elevada experiência: Right now, the only type of employee anybody’s interested in hiring is a relatively heavyweight senior person who is very technical,”

Sobre as mudanças nas intenções de contratação nas áreas tecnológicas, também vale a pena revisitar o estudo que divulguei anteriormente, o qual analisou 11 milhões de anúncios de emprego e que confirmou que os empregadores estão agora muito mais interessados em profissionais com efectivas competências reais e bastante menos em diplomas, uma situação que se percebe melhor, pelo facto de hoje mesmo o catedrático jubilado Robert Reich, ter defendido no seu blogue, que muitos dos empregos do futuro não necessitarão de uma formação de ensino superior “A four-year college degree isn’t necessary for many of tomorrow’s good jobs”

É claro que o péssimo panorama acima descrito não é idêntico para os jovens diplomados de todas as áreas, desde logo pelo facto da inteligência artificial não afectar de forma negativa todas as áreas por igual e por outro porque na secção de economia da última edição do semanário Expresso, o Bastonário da Ordem dos Engenheiros revelou que na área da engenharia civil, há um défice de profissionais, pois o número de engenheiros que se aposenta a cada ano é superior ao número daqueles que as instituições de ensino superior estão a formar. Tenha-se presente que se trata de um curso que até 2012 aceitava mais de um milhar de candidatos e depois passou a receber apenas poucas centenas. 

PS – Sobre o importante e predominante tema da inteligência artificial aproveito para actualizar a produção científica (indexada) das instituições de ensino superior de Portugal, ao longo dos últimos dois anos e meio. Vide lista infra, onde se fica a saber que há três universidades (U.Minho, UTAD e UBI) que evidenciaram um elevado crescimento acima de 60%, relativamente à produção científica que tinha sido registada há seis meses atrás. Já a nível mundial a universidade que mais produziu nos últimos dois anos e meio foi a conhecida e prestigiada Harvard Medical School com 630 publicações indexadas.

Univ. do Porto……………169  publicações indexadas

Univ. de Lisboa………….126

Univ. do Minho……………82

Univ. de Coimbra………..82

Univ. Nova…………………69

Univ. de Aveiro…………..65

ISCTE……………………….54       

UTAD………………………..47      

Inst. Pol. do Porto……….41   

Univ.  Beira Interior…….36

Inst.Pol. de Bragança….24       

Inst. Pol. de Leiria……….22   

Inst. Pol. de Lisboa……..16

IPCA…………………………13

UALG……….…..……….…13

Inst. Pol. de Coimbra…..13

Inst. Pol. de Setúbal…….11

Inst. Pol. Santarém……..10 

Inst. Pol. de V.Castelo…..8

Inst. Pol. de Portalegre….8          

Univ. da Madeira………….8 

U.de Évora………………….6

Univ. Aberta………………..5

Inst. Pol. de Viseu………..5        

Inst. Pol. de Tomar……….5

Univ. dos Açores………….4

Inst. Pol. de C.Branco….3   

Inst. Pol. de Beja………….2         

Inst. Pol. da Guarda……..2  

Science – The Persistent Disruption Metric, Nobel Minds and China’s Long Game

https://pachecotorgal.com/2023/01/08/a-large-study-based-on-45-million-papers-and-3-9-million-patents-claims-that-science-is-becoming-much-less-disruptive/

In a previous post (linked above), I challenged the metrics of a massive study—spanning 45 million articles and 3.9 million patents—that concluded science is becoming markedly less disruptive. A newer analysis paints a far more optimistic picture: truly groundbreaking studies that persistently disrupt scientific paradigms are on the rise.  By introducing a “persistent disruption” metric—one that rewards enduring influence instead of transient citation spikes—its authors show these rare, transformative papers have climbed 500% since 2000. High persistent disruption scores also correlated with other hallmarks of originality, including recognition by Nobel Prizes, the authors found. https://www.science.org/content/article/research-may-be-increasingly-incremental-studies-making-lasting-paradigm-shifts-are 

Still on the topic of science, it’s worth highlighting a recent article published in the latest edition of The Economist about how Chinese universities are attracting Western researchers.  Moreover, just last year, a Chinese University attracted a Nobel Prize–winning French physicist—and now, Ardem Patapoutian, the 2021 Nobel laureate in Medicine and current researcher at the Scripps Research Institute in California, visited my country at the invitation of the Champalimaud Foundation and the Calouste Gulbenkian Foundation. In an interview published yesterday in the Portuguese newspaper Publico, he revealed that China has offered him a 20-year research endowment. https://www.publico.pt/2025/05/24/ciencia/entrevista/ardem-patapoutian-eua-ha-movimento-inexplicavel-ciencia-2133956?ref=hp&cx=manchete_2_destaques_0

PS – A few days ago, the Bruegel think tank dropped a bombshell report exposing Europe’s pathetic failure in the global tech war. If, on top of this, Europe continues to lose its top scientists to China, it risks sliding into complete irrelevance.

Quais são as magnas responsabilidades da Academia quanto a tentar evitar um ataque eminente das forças do obscurantismo ?

https://www.economist.com/science-and-technology/2025/05/21/trumps-attack-on-science-is-growing-fiercer-and-more-indiscriminate

Um artigo publicado na última edição da conhecida revista The Economist informa que o ataque de Trump à ciência, que vê como inimiga, está a tornar-se cada vez mais feroz e indiscriminado. Vide link supra.  

Contudo nós por cá ainda só demos conta da parte “positiva” desse ataque, o da fuga de cientistas para a Europa, esquecemos porém, como é que esse ataque está a inspirar a extrema-direita noutros países a copiar as acções do mesmo Trump, exactamente como já acontece na Holanda, o país onde a extrema-direita está a tentar concretizar um ataque sem precedentes à academia  através de cortes orçamentais substanciais,  encerramento de cursos, despedimentos, e ameaças à autonomia académica, vide link para um recente artigo publicado na prestigiada revista Science, https://www.science.org/content/article/new-dutch-right-wing-coalition-cut-research-innovation-and-environmental-protections 

Em Portugal, a extrema-direita ainda nem sequer chegou ao poder, mas os cortes de financiamento, esses já chegaram em força ao ensino superior, como foi denunciado pelos Reitores da UMinho e da ULisboa num artigo no jornal Público no passado dia 17 (artigo esse que divulguei nesse mesmo dia), onde até se escreveu que as unidades de investigação foram vítimas de uma armadilha https://www.publico.pt/2025/05/17/ciencia/opiniao/sistema-cientifico-risco-rutura-2133334?ref=ciencia 

Assim sendo, é legitimo perguntar o que é que a Academia deverá fazer, para evitar que a extrema-Direita Portuguesa se possa tornar Governo em Portugal ?

A resposta a essa pergunta, que dá título a este post, e que alguns parecem não conhecer ou sequer querer conhecer, até a inteligência artificial a sabe de cor: 

“O dever de um académico diante do crescimento de um partido de extrema-direita é, fundamentalmente, ético, cívico e intelectual. Diante desse cenário, o académico deve exercer com coragem a sua responsabilidade social, atuando como uma referência crítica — um farol orientador — no debate público. Isso implica mobilizar o seu conhecimento para esclarecer a sociedade sobre os riscos que tais movimentos representam para a ciência, a liberdade de pensamento e as instituições democráticas. Tal posicionamento envolve não apenas uma manifestação pública fundamentada, mas também o fortalecimento de redes institucionais e de solidariedade entre pares, além do compromisso com uma educação que promova o pensamento crítico, a cidadania e a defesa dos valores democráticos

Mas quando falo em Academia, falo concretamente das instituições de ensino superior do Norte de Portugal – a única zona deste país que foi capaz de resistir à maré obscurantista iniciada no Algarve e que já conseguiu contaminar o Sul de Portugal – os quais tem especiais responsabilidades no sentido de garantir que o Norte seja capaz no futuro de continuar a resistir a essa “invasão”, pois infelizmente os académicos das instituições do Sul, fizeram pouco ou pelo menos não fizeram o suficiente para impedir o crescimento da extrema-direita, naquela zona do país.

Blueprints of Breakthroughs – Tracking the Unseen Origins of Tech Revolutions

A recent study published in Scientometrics presents a two-stage method for identifying breakthrough innovations by analyzing how knowledge is connected and reused. The authors introduce the IPC-PKS algorithm, which measures how closely patents are related by tracking both direct citations and more subtle knowledge links. 

The approach uncovered 723 breakthrough cases—mostly involving creative combinations of existing knowledge. Follow-up analysis showed that these breakthroughs were strongly linked to real-world impact, based on how often they were cited later. https://link.springer.com/article/10.1007/s11192-025-05276-4

PS – I reached out to the authors, surprised that they hadn’t cited the study published in Nature Communications, which demonstrates that novelty often arises from combining familiar elements. That work introduced the concept of higher-order novelties—first-time pairings of existing components—and employed higher-order Heaps’ exponents to quantify how rapidly such combinations emerge over time. https://pachecotorgal.com/2025/02/01/the-hidden-equations-behind-scientific-progress-the-art-of-engineering-serendipity/

A empresa que vale mais de 8000 milhões, emprega mais de 1000 cientistas incluindo em Portugal e que tem sede no Zoom

https://pachecotorgal.com/2025/01/12/como-gerir-o-talento-em-portugal-copiar-a-receita-da-pobre-bulgaria-ou-a-da-finlandia/

Ainda sobre o post supra, acerca dos quase 1 milhão de Portugueses que estão em regime de teletrabalho, valor esse porém que ainda está longe da percentagem da Finlândia, o país que na Europa, não por acaso, possui a maior percentagem de trabalhadores em regime de teletrabalho, faz sentido divulgar um interessante artigo publicado na revista Visão, acerca de empresa de biotecnologia (BeiGene), avaliada em mais de 8500 milhões de dólares, na qual o teletraballho constitui uma aposta fundamental, como se pode perceber pelas declarações do seu fundador, John V. Oyler, um engenheiro formado no conhecido MIT: “A sede da nossa empresa fica no Zoom…estamos em todos os lugares e em lugar nenhum..”

Por conta desse trabalho remoto a referida empresa, em que 1100 investigadores fazem tudo (em termos de análise de dados) na sua casa, consegue ter ganhos de eficiência em termos de tempo até 50% e de até 30% em termos de custos. E se dúvidas ainda houvesse sobre a forma como essa multinacional encara o teletrabalho, basta atentar no teor das declarações do Director-Geral da BeiGene para Portugal: “a partir do momento em que vemos que o trabalho está a ser feito, não me interessa se a pessoa o faz na piscina”.

How Universities Got Crushed by Generative Artificial Intelligence and What Comes Next

Building on the previous post about an innovative, theory-based approach that uses fast, interactive sessions to enhance critical thinking and collaboration, it’s worth highlighting a recent paper by researchers from Vienna University published in the journal Project Leadership and Society

The study identifies three key hurdles higher education faces in closing the AI skills gap. First, student cohorts are wildly varied—attitudes and fluency differ by gender, discipline, age, socio-economic status and location—so one-size-fits-all frameworks fail. Second, many faculty lack clear policies, resources and AI experience, so they hesitate to embed AI tools. Third, formal curricula and validation processes move too slowly to match rapid AI advances. 

To take action now, simple, teacher-led strategies are key. Encouraging students to share their Generative AI knowledge through peer learning helps build confidence. Working together, teachers and students can create AI lessons and ethics talks that make the most of students’ skills. Quick, flexible activities like short workshops, easy assignments, self-paced modules, and hackathons provide focused AI experience without much hassle. These practical steps won’t fix everything overnight but can make a real difference now and pave the way for bigger AI education changes. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2666721525000080#sec3

PS – This context also calls for a reminder of the previous post “The Twin Forces Leaving Many Universities Struggling to Remain Relevant—or Even Facing Financial Ruin”

Update on May 21 – A paper published today in the journal Teaching and Teacher Education found that pre-service teachers’ AI acceptance divides into four TAM-based profiles—High Acceptors (19.2 %), Cautious Supporters (54.3 %), Skeptics (16.6 %), and Pragmatic Adopters (9.9 %)—all sharing high privacy concerns but differing in perceived compatibility, transparency, complexity, and digital competence. The authors argue for tailored support—peer mentoring, empirical demonstrations, simplified interfaces, and institutional incentives—to optimize AI integration in teacher education. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0742051X25001635#sec6

O catedrático arauto de péssimas noticias para a saúde mental dos Portugueses

Se a saúde mental dos Portugueses já não estava nada boa, vide noticia, onde se dá conta que Portugal, é o país com o pior resultado da OCDE em termos de saúde mental, irá por certo ficar bastante pior com a recessão económica que vem a caminho. 

Recordo a este respeito, que no seu último artigo no caderno principal do Expresso, o conhecido catedrático de economia da universidade do Minho, Aguiar-Conraria, escreveu sobre o facto da economia americana estar a entrar em recessão técnica, mas em comparação Portugal ter sofrido “um trambolhão sete vezes mais violento do que o americano“. Nesse artigo ele mostra-se bastante surpreendido por essa péssima noticia ter tido até ao momento muito pouco destaque mediático e nem sequer estar a penalizar as intenções de voto da coligação que suporta o Luís Montenegro, PSD, CDS e também a IL, o partido do capitalismo selvagem que quer fazer em Portugal aquilo que Milei fez na Argentina https://www.rtp.pt/noticias/politica/convencao-il-partido-elogia-politicas-do-presidente-argentino-javier-milei_v1631604

PS – O único aspecto “positivo” (porque é melhor ter alguma ajuda do que não ter nenhuma), é que ao contrário do que sucedia no passado, pelo menos agora aqueles muitos que não tem recursos financeiros para pagar a um psicólogo, podem sempre recorrer à ajuda gratuita da IA generativa, como já fazem centenas de milhões por esse mundo fora, tema esse que por uma estranha e quiçá premonitória coincidência mereceu um artigo no último número da revista do Expresso https://expresso.pt/semanario/revista-e/-e/2025-05-08-o-meu-psicologo-e-um-robot-percebe-realmente-o-que-estamos-a-sentir-e-esta-sempre-disponivel.-da-um-apoio-que-um-ser-humano-nao-da-fbd2c3b5

Sondagem sobre as maiores figuras da história Portuguesa – A honra do convento salva pela zona Norte e pelas mulheres

A última edição da revista Sábado publicou os resultados de uma sondagem sobre os maiores vultos de todos os tempos da longa história de Portugal, sondagem essa que a referida revista encomendou à Intercampus. 

Quando se olha apenas para os três primeiros classificados, são louváveis os resultados obtidos na zona Norte de Portugal, que entregaram o pódio a Afonso Henriques, Ramalho Eanes e Luís de Camões e são igualmente louváveis, os resultados que agregaram as respostas das mulheres deste país, que colocam Ramalho Eanes em 1º lugar, o único politico que este país algum dia teve, que ao contrário de muitos outros que enriqueceram na politica, recusou receber mais de 1 milhão de euros, a que tinha legalmente direito. https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/ramalho-eanes-recusou-pagamento-de-13-milhoes-de-euros-em-retroativos-a-que-tinha-direito

Já o são menos as respostas dos homens, que acharam boa ideia colocar no pódio o Ronaldo, esquecendo que esse individuo tem no currículo a desonrosa medalha da fuga ao fisco, de ter feito um acordo para evitar uma acusação de violação e ainda de andar receber dinheiro sujo, para ajudar a lavar a imagem de um regime inominável. https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/03/a-ligacao-entre-um-portugues-hipocrita.html

Já sobre as respostas da região de Lisboa, é lamentável saber que por aquelas bandas acham o Ronaldo mais importante do que o Ramalho Eanes, ficando assim ao mesmo nível do Alentejo, a região mais pobre do país e a única a colocar o Ronaldo em 1º lugar do pódio. Uma dupla pobreza.

Pior mesmo só o Algarve que foi a única região a colocar o Salazar no pódio, o que porém é facilmente entendível através do mapa de Portugal, com os resultados das últimas eleições legislativas, onde o CHEGA foi o partido mais votado no distrito de Faro. https://visao.pt/atualidade/politica/legislativas-2024/2024-03-11-este-e-o-novo-mapa-por-cor-do-pais-apos-os-resultados-das-eleicoes/

As fragilíssimas explicações (“políticas”) do mui inteligente quase catedrático Ministro

https://pachecotorgal.com/2025/05/06/a-analise-do-poligrafo-sobre-as-falsidades-da-execucao-financeira-da-fct-e-o-conselho-do-catedratico-jubilado-robert-reich/

Relativamente às queixas de 78 centros de investigação, mencionadas no post acessível no link supra, que denunciaram cortes de até quase 70% no financiamento, veio o senhor Ministro (quase catedrático) que tutela essa área, alegar em sua defesa, que a explicação passa por uma opção política que defende o mérito (!) “definiu-se que as unidades com “Excelente” teriam quatro vezes mais financiamento do que as com “Muito Bom”https://www.publico.pt/2025/05/08/ciencia/noticia/ministro-responde-cortes-ciencia-premiar-merito-cientistas-falam-cosmetica-2132343

Essa opção, política, até podia no limite e com muito boa vontade ser entendível se tivesse tido lugar uma avaliação rigorosa do mérito de todas as unidades de investigação. Não foi porém isso que se passou. Uma avaliação onde quase 50% das unidades foram classificadas como Excelentes, não avalia o mérito, antes se avalia a si própria e essa avaliação é claramente negativa, porque mistura no mesmo saco excelências reais, que já o eram (como a do maior centro de investigação na área da ciência e engenharia dos materiais, cujo Director publicamente se queixou dessa avaliação), com alegadas excelências, que nunca o tinham sido e agora só o são no papel. 

Como recordou alguém no jornal Público, o físico Niels Bohr terá declarado que “nada existe até que possa ser medido”, porém a referida pseudoavaliação das unidades de investigação, gerou excelências sem nada ter medido, assim violando o prudente principio que dita que não é possível gerir aquilo que não se consegue medir. A dita esgotou-se na leitura dos relatórios de auto-avaliação (dos próprios interessados) e nas visitas ás unidades. Mas como bem explicou um conhecido catedrático jubilado da Universidade do Porto, nesse modelo de avaliação, são favorecidas as unidades de maior dimensão, especialistas em concursos de beleza https://observador.pt/opiniao/ciencia-avaliacao-das-unidades-ou-concurso-de-beleza/

E de facto uma análise, cruzando as unidades que obtiveram Excelente e a sua dimensão, aferida pelo seu número de doutorados, ponderados para o financiamento, mostra que a maioria delas tinha mais de 50 investigadores, já em sentido radicalmente oposto, entre aquelas unidades de investigação que foram classificadas com Bom, mais de 80% tinha menos de 50 investigadores, assim se concluindo que, bastou o facto de terem uma pequena dimensão para se habilitarem a uma maior probabilidade de menor classificação. Um resultado paradoxal em face daquilo que a ciência já demonstrou, que a disrupção (de que a ciência Portuguesa necessita desesperadamente) ocorre com maior probabilidade, precisamente nas pequenas unidades e não nas grandes https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/02/o-grande-laboratorioou-como-os.html

Learning Under Fire: The Ambush Teaching Method (ATM) Revolutionizing Education

Rooted in the most progressive theories of learning, the ATM emerges as a bold, future-forward model for 21st-century higher education—particularly in fields demanding sharp critical thinking, rapid-fire decision-making, and deep collaborative reflection. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1931720425001023

The ATM blends five educational theories into concise, high-impact sessions that turn standard lectures into immersive experiences. Based on Kolb’s Experiential Learning Cycle, it starts with rapid clinical scenarios that engage junior doctors in fast decision-making. Learners then review anonymous peer responses, reflect on different approaches, and receive expert feedback that connects cases to key neurosurgical concepts. They mentally rehearse applying insights in real after-hours situations. Cognitive Load Theory shapes ATM by reducing distractions, adjusting difficulty to the learner’s level, and introducing twists that deepen understanding. Vygotsky’s Social Constructivism supports peer review as a scaffold for co-constructing knowledge just beyond solo ability. Self-Determination Theory informs its design through immediate feedback, anonymous participation, and shared reflection. A 360-degree feedback loop—combining self, peer, and instructor input—provides a well-rounded view of performance. 

PS – By integrating advanced AI technologies, the ATM is poised to elevate learning even further—personalizing pathways, generating adaptive real-time scenarios, and delivering precise, data-driven feedback that accelerates mastery. As researchers from University College London and MIT highlight in the Elsevier journal Current Opinion in Psychology, learning from AI may outpace human-to-human teaching: “human learning from AI (‘hyper learning’) may be faster and more efficient than from other humans due to greater signal-to-noise ratio in the input of the AI, its ability to process large amounts of data and clearly compose arguments, and (in some domains) people’s belief that AI systems are more knowledgeable than humans.” https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2352250X24001131

Update on May 10 — A study published today in the Elsevier journal Learning and Motivation shows AI-driven personalized feedback is a total game-changer for college students. In 1,079 participants (682 undergrads, 253 master’s and 144 PhD candidates), tailored feedback sharpened objectives, boosted confidence and locked in engagement. In summary, greater personalization of AI-generated feedback is positively associated with enhanced student motivation, increased engagement, and improved academic performance. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0023969025000451