Ilegalidades no acesso ao ensino superior: Catedrático revela acordos escondidos e tentativas de suborno

https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/09/o-catedratico-realmente-culpado-da.html

A lamentável polémica que comentei pela última vez no post acessível no link supra continua a avolumar-se. No caderno principal do semanário Expresso de hoje, o catedrático Meira Soares — que exerceu a presidência da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior durante quase duas décadas — revela que o processo de ingresso no ensino superior público tem sido, de forma recorrente, objeto de tentativas sistemáticas de violação da legislação, de acordos escondidos favorecendo alunos de certas escolas secundárias e, inclusivamente, de episódios envolvendo tentativas de suborno.

Há exatamente uma semana atrás manifestei publicamente a necessidade urgente da criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI destinada a investigar, de forma exaustiva, todas as suspeitas de ilegalidades relacionadas com o acesso ao ensino superior. E sinto-me agora obrigado a reiterar essa posição, uma vez que o facto de um alto responsável vir a público revelar atos de tão elevada gravidade não pode, em circunstância alguma, ser desvalorizado, relegado para segundo plano ou, ainda pior, e como é tradição neste país, convenientemente varrido para debaixo do tapete.

PS – Num país onde o mérito tem tão pouco valor — como se comprova tanto pela colonização da Administração Pública por boys e girls como também pelo facto da Carris ser liderada por um advogado e não por um especialista em transportes — surpreendente seria que indivíduos com pouco mérito, mas com elevada influência política, conseguissem resistir à tentação de utilizar essa influência para garantir que os seus descendentes, igualmente sem mérito, consigam ter acesso aos cursos mais procurados, mesmo sem terem alcançado as médias de entrada exigidas aos demais.

Uma universidade acelerada por esteroides

Relativamente ao facto da universidade da Beira Interior, pela primeira vez ter conseguido ingressar no top 1000 do prestigiado ranking Sanghai, fazendo aquilo que a UÉvora, a UTAD, a UALG, UMadeira, UAçores não conseguiram fazer, é importante perceber as razões dessa proeza histórica. Como um dos critérios desse ranking é o número de publicações altamente citadas, compare-se abaixo o desempenho das referidas universidades, relativamente ao rácio número de publicações indexadas/100 docentes ETI, para os últimos 5 anos, onde a UBI fica muito acima das outras universidades referidas, em especial da UÉvora, que muito estranhamente, no período em causa, certamente por falta de “inspiração”, não conseguiu produzir uma única publicação que se tornasse altamente citada. 

UBI…………..7

UALG……….3

UAçores……2

UMadeira….2

UTAD……….2

UÉvora……..0

O desempenho da UBI poderia até ter sido superior se os seus investigadores da área das engenharias tivessem conseguido produzir publicações mais “inspiradas”, porque muito embora tenham sido responsáveis por aproximadamente 35% do total dessas publicações, a sua quota parte do subgrupo das mais citadas foi de apenas 9%. Ao contrário dos investigadores de economia e gestão, que com metade das publicações, conseguiram uma maior percentagem (14%) de publicações altamente citadas, revelando assim uma intensidade de impacto científico três vezes superior à das publicações da área das engenharias e muito ao contrário dos (acelerados a esteroides) investigadores da área da medicina, que produziram 21% das publicações totais, mas que foram responsáveis por 60% das publicações altamente citadas, o que revela uma intensidade de impacto científico dez vezes superior à das publicações da área das engenharias. 

Um esquecimento singular que tem tanto de incompreensível como de imperdoável

https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/08/uma-questao-de-rigor-e-de-merito-devido.html

Relativamente aos 8 recordes que no passado mês de Agosto foram mencionados no post acessível no link supra, esqueci-me de incluir um outro (o 9º), o qual está relacionado com o facto da primeira edição do livro acessível no link infra, ser, não certamente por acaso, o mais citado a nível mundial na sua área, entre aqueles que foram selecionados para indexação na conhecida plataforma de literatura científica Scopus https://shop.elsevier.com/books/eco-efficient-masonry-bricks-and-blocks/pacheco-torgal/978-1-78242-305-8 

PS – A 2ª edição do referido livro ficará pronta, o mais tardar, até ao fim do presente ano

Reitor da universidade do Porto denuncia pressões de pessoas influentes para facilitar a entrada no curso de medicina

O semanário Expresso divulga hoje logo na capa do seu caderno principal que o Reitor da Universidade do Porto (foto supra) se queixou que foi muito pressionado por “pessoas influentes com acesso ao poder” para aceitar a entrada de alunos no curso de medicina da sua universidade “sem a nota mínima”

O caso é muito grave, mas felizmente que a integridade do Reitor da Universidade do Porto, que se recusou a pactuar com violações da lei, impediu que as tais pessoas influentes conseguissem aquilo que a lei não lhes permite. Seja como for, o problema do acesso indevido ao curso de medicina, não passa tanto pelas referidas pressões, que como se viu deram em nada, mas através de meios muito pouco éticos, que estranhamente são legais no nosso país, como seja a inflação de notas nos colégios privados, que permite a alguns deles afirmar que tem quase uma receita mágica para garantir a entrada de muitos dos seus alunos em cursos de medicina, infame receita que ficou facilitada por conta de uma medida vergonhosa que também foi denunciada pelo Expresso https://pachecotorgal.com/2022/07/09/expresso-denuncia-omissao-escandalosa-do-governo-que-favorece-os-colegios-que-inflacionam-notas/

Se o partido Chega estivesse realmente interessado em ajudar este país, que não está, pois que apenas o move aquilo que move o PSD e o PS (o acesso ao poder para poder distribuir tachos pelos seus militantes, vide acusação do ex-Presidente Ramalho Eanes), podia obrigar à realização de uma CPI para investigar aquilo que se passa com a referida inflação de notas. Infelizmente, ao Chega apenas interessam noticias relacionadas com imigrantes, pelo que é óbvio que não o iremos ouvir nem sobre as tais pressões das tais pessoas influentes, nem muitos menos sobre os filhos de gente influente que entraram no curso de medicina unicamente porque tinham dinheiro para pagar a frequência de alguns dos tais colégios privados. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/11/vergonhosa-impunidade-no-acesso-ao.html

PS – A supracitada pressão das tais pessoas influentes é a melhor prova que (infelizmente) não há médicos a mais em Portugal, inverdade que repetidamente se ouve da boca do bastonário da Ordem dos Médicos. Aliás a prova de que a profissão de médico é a mais atractiva da função pública está no facto de ser a única que permite obter rendimentos milionários, como há poucos meses se soube através do caso do jovem médico que facturou quase meio milhão de euros em apenas alguns sábados https://pachecotorgal.com/2025/05/28/os-medicos-salafrarios-que-se-aproveitam-do-sns-para-se-tornarem-milionarios/ porém um dos problemas mais graves de se ter médicos que escolhem essa profissão unicamente pela possibilidade de se tornarem milionários é a perversão da própria missão da medicina, vide post anterior sobre “natural born doctors”, aqueles que efectivamente nasceram para ser médicos https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/04/os-medicos-que-nasceram-para-o.html

Aditamento – No final da tarde de hoje, vários órgãos da imprensa revelaram que o Ministro da Educação acusou o Reitor da Universidade do Porto de mentir publicamente acerca das pressões que alega ter sofrido. A gravidade dessa acusação dispensa eufemismos e deixa claro que está aberto um conflito institucional de que não há memória entre um Reitor e um Ministro da tutela.  Neste grave contexto impõem-se duas perguntas inevitáveis: poderá um Reitor de uma universidade pública manter-se em funções depois de ter sido publicamente acusado, pelo próprio Ministro que tutela o ensino superior, de ser mentiroso? E, inversamente, pode um Ministro manter-se em funções, depois de se ter permitido a indignidade de publicamente chamar mentiroso a um Reitor, sem apresentar uma prova absolutamente inequívoca dessa suposta mentira?

A universidade de Coimbra é oficialmente a campeã nacional de artigos “despublicados”

https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/03/univ-de-coimbra-desfere-um-forte-contra.html

No passado mês de Março, divulguei no post acessível no link supra, uma interessante análise comparativa dos artigos “despublicados”, entre 2015 e 2025, da universidade de Coimbra (ex-campeã nacional) e da universidade de Lisboa, então a campeã em título, onde foi visível o “esforço” da primeira para voltar a reganhar a pouco lustrosa taça, que esteve na posse da segunda nos últimos três anos. Pois bem, uma análise efectuada hoje na Scopus, mostra que a universidade de Coimbra é novamente a campeã nacional.

Esperemos que agora o Magnifico Reitor Amílcar Falcão, que no inicio do passado mês de Agosto, tentou de forma infeliz, pouco rigorosa e até descarada, endossar aos vários governos as culpas por ser a campeã nacional de endogamia académica, não tente repetir a manobra e não tente novamente procurar culpados externos para as culpas internas. 

PS – Recordo que a primeira vez que noticiei que a dita universidade era a campeã nacional de artigos “despublicados”, no inicio de 2021, recebi um email irritado de um catedrático daquela universidade, que preferia que esse facto não fosse do conhecimento geral https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/01/as-irritacoes-de-um-catedratico-coimbrao.html

O professor catedrático acusado de assédio e o professor catedrático que tantas vezes critiquei e que agora merece ser elogiado

É motivo de grande regozijo que vários Colegas da universidade de Lisboa se tenham unido para denunciar o assédio de um catedrático, pela óbvia razão que há muitos casos destes na academia Portuguesa, mas infelizmente há uma grande falta de coragem em denunciar estas situações. 

É claro que lendo a noticia hoje divulgada pelo jornal Público tenho no entanto que lamentar que no passado tenha tantas vezes malhado forte e feio no catedrático Manuel Heitor, quando aquele foi Ministro do Ensino Superior e da Ciência, porque relativamente a este caso concreto, sabe-se agora que ele teve um comportamento altamente elogiável. 

Não só se colocou do lado dos Colegas denunciadores, ao invés de como é da praxe, se solidarizar com o catedrático agora acusado, mas fez muito mais do que isso, tendo até criticado o Presidente do Técnico: “O presidente do Técnico decidiu não tratar este caso internamente e tratá-lo no foro jurídico, ao abrir um processo disciplinar. Isso é mau, porque protege o [suposto] agressor”, considera Manuel Heitor” 

Infelizmente, mesmo que o processo disciplinar faça prova abundante do referido assédio, o máximo que poderá acontecer ao catedrático agora acusado é receber uma pena mínima, que pode inclusive ficar-se apenas por uma repreensão ou uma advertência, ao contrário do que sucede lá fora em que o assédio é punido com demissão https://pachecotorgal.com/2024/05/21/um-par-de-catedraticos-canalhas/

Declaração de interesses – Sobre o presente tema vale a pena revisitar o post de título “Os secretos (catedráticos) assediadores da Universidade de Lisboa” 

The Invisible 85%: How Patents Create a False Economy of Innovation Value

Still following up on my previous post titled European Commission officials claim there’s an ‘unhealthy obsession with patents’, where I commented on a Business Insider article arguing that European innovators would do better to prioritize value creation over the mere protection of intellectual property, it seems particularly timely to highlight the findings of a recent study published in the journal Scientometrics.

By analyzing an extensive dataset of 4,460 Swedish innovations spanning several decades, the study reveals a striking and somewhat unsettling reality: the vast majority of these innovations were never patented at all. https://link.springer.com/article/10.1007/s11192-025-05406-y Even when patents were indeed filed, they captured only around 15% of the genuine innovation signal, leaving an overwhelming 85% informational void—a veritable black hole of knowledge that patents fail to convey. This stark discrepancy highlights that relying exclusively on patents provides a distorted and incomplete picture of innovation, underscoring the urgent need for richer, multidimensional approaches to more accurately measure, understand, and ultimately stimulate technological and creative progress.

PS – As reported in The Economist, the majority of international patents are either insignificant or never commercially exploited  https://pachecotorgal.com/2022/08/31/the-economist-the-inventors-whose-patents-are-worth-billions/ What the article in The Economist didn’t address—and what few seem to know—is the answer to the question I raised in the post that initiated this discussion: “among the vast multitude of patents granted thus far, how many share the same dubious “quality” as those associated with Theranos?

Será que o semanário Expresso tem o direito de contribuir para desvalorizar e até apoucar competências académicas

O semanário Expresso concedeu nada menos do que 9 páginas da sua revista a uma longa entrevista a um conhecido empresário, orgulhoso do seu muito reduzido nível de escolarização (6 anos), entrevista essa da qual extraio apenas uma única frase, que tem tanto de inquietante como de perigosa:  “Tenho uma máxima: o mais bem preparado trabalha para mim. Eu arrisco…o mais bem preparado tem medo de arriscar”

A referida afirmação não configura apenas uma exaltação do risco em detrimento das competências académicas: é também uma caricatura perigosa que desvaloriza uma formação superior, reduzindo-a a um sinónimo de aversão ao risco e até de medo. 

Contudo a ideia falaciosa de que o estudo e o conhecimento são entraves à ousadia e ao risco é intelectualmente superficial e contribui para reforçar o mito de que o sucesso empresarial depende muito mais dessa ousadia do que da preparação fundamentada e informada. 

Importa também questionar até que ponto a promoção deste tipo de discurso, logo pela imprensa mainstream nacional, (o semanário mais vendido em Portugal) não acaba por desvalorizar e até apoucar as formações académicas, legitimando uma visão estreita e anti-intelectual do empreendedorismo?

É verdade que em bom rigor a academia Portuguesa não está totalmente isenta de “culpas”, desde logo porque já há muito que podia ter tomado a decisão de valorizar o trabalho de catedráticos, como o daquele, da universidade do Porto, mencionado no post acessível no inicio do email infra do passado dia 19 de Abril e também há muito podia ter copiado o que fazem no famoso ETH Zurich, (onde recordo os professores auxiliares recebem salários entre 10.000 e 15.000 euros/mês) que concede licenças sabáticas para que os seus cientistas se possam dedicar à criação de empresas, como mencionei no mesmo email.

PS – É muito sintomático que o referido empresário tenha achado importante na dita entrevista descriminar os modelos dos seus vários carros de luxo, mas não tenha achado igualmente importante, revelar quantos dos seus funcionários recebem o ordenado mínimo, de forma radicalmente diferente de um outro empresário, doutorado pela universidade de Aveiro, que paga aos seus trabalhadores muito mais do que o salário mínimo nacional (alguns deles até já se tornaram milionários) e que ainda por cima faz o favor de dar um bónus de 20% aqueles que optem por ir viver para o Interior de Portugal https://pachecotorgal.com/2025/06/27/a-empresa-que-paga-aumentos-de-20-aos-funcionarios-que-estejam-dispostos-a-estar-em-teletrabalho-no-interior-de-portugal/

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De: F. Pacheco Torgal
Enviado: 19 de abril de 2025 19:21
Para: eng-todos; eng-investigadores
Assunto: A baixa apetência pelo risco das estudantes de engenharia da UMinho: Um caso de estudo.

https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/01/catedratico-nada-modesto-classifica-de.html

Ainda na sequência de um post de há um ano atrás, vide link supra, sobre as declarações nada modestas de um catedrático de engenharia da Universidade do Porto, relativamente à capacidade de geração de empresas por parte do seu grupo de investigação, aproveito para divulgar o facto de hoje mesmo a revista Forbes, ter publicado um artigo onde analisa a tendência crescente dos cientistas se tornarem empreendedores através do lançamento de empresas de base tecnológica. https://www.forbes.com/sites/trevorclawson/2025/04/19/spin-out-strategy-turning-scientists-into-entrepreneurs/

Neste contexto recordo que num post anterior, do passado mês de Dezembro, no qual lamentei a inépcia (leia-se falta de coragem) da Presidente do ERC, Maria Leptin, mencionei o facto do famoso relatório Draghi ter criticado a inexistência de incentivos, a nível europeu, para que os investigadores se tornem empreendedores. Nesse post mencionei o caso do conhecido ETH Zurich, que concede licenças sabáticas aos seus cientistas para que se possam dedicar unicamente à criação de empresas https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/12/where-is-courage-ercs-maria-leptin.html  

Neste contexto particular, é pertinente referir que há poucos anos atrás, um capítulo de um livro indexado na Scopus, divulgou resultados de um estudo de investigadoras da universidade do Minho, que analisaram as respostas de duas centenas de estudantes de cursos de engenharia da mesma universidade (53% do campus de Gualtar e 47% do campus de Azurém), quanto às suas intenções de se poderem no fututo tornar empreendedores. Os resultados mostraram que as jovens mulheres dessa área mostraram-se menos motivadas para serem empreendedoras.  https://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/90299 

Curiosamente, as autoras do referido capítulo, não citaram um estudo que tinha sido publicado dois anos antes, na revista Sec. Organizational Psychology, com resultados opostos. O mesmo incidiu sobre 644 estudantes Portugueses, de 21 universidades e de 7 institutos politécnicos, tendo concluido que as mulheres dessa amostra, apresentavam uma intenção empreendedora superior à dos  homens https://www.frontiersin.org/journals/psychology/articles/10.3389/fpsyg.2020.615910/full

PS – Ainda sobre o supracitado capítulo de livro, não posso deixar de registar positivamente, o facto das suas autoras terem feito questão de não deixar de referenciar obras altamente citadas, o que poderá contribuir (mostra a ciência) para o aumento do impacto dessa publicação  

Autor TítuloCitações Scopus        
SchumpeterCapitalism, Socialism and Democracy20.249
Reynolds et al. GEM Executive Report1.886
Shapero Entrepreneurial Potential1.885
Krueger & Carsrud TPB applied to entrepreneurship1.199
Liñán & FayolleSystematic review on entrepreneurial intentions   989
ThompsonEI measurement scale   808
Mwasalwiba Entrepreneurship education   503

The Tragic Optimism Trap: AI, Imitation, and the Vanishing Human Advantage Crisis

https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/12/the-polymathic-revolution-new-dawn-or.html

Still following my previous post (linked above) on the optimistic paper “The Recent Physics and Chemistry Nobel Prizes, AI, and the Convergence of Knowledge Fields”, it is worth commenting on an even more optimistic Forbes article arguing that AI is not replacing humans but amplifying their abilities: https://www.forbes.com/sites/timbajarin/2025/08/25/the-human-advantage-in-an-ai-powered-economy

The challenge with this perspective is that, by presenting AI almost exclusively as a benevolent and empowering force, the article risks appearing overly simplistic and potentially disconnected from reality. For many readers who are already contending with layoffs, wage stagnation, or intensified workplace monitoring as a result of AI adoption, such optimism may seem out of touch. Moreover, the article’s focus on individual adaptation—summarized in the refrain “learn AI tools and you’ll thrive”—effectively sidesteps deeper, systemic concerns surrounding regulatory oversight and structural inequality. While some individuals may indeed flourish under these conditions, enduring societal imbalances could continue to constrain the distribution of AI’s benefits, limiting the prospect of meaningful, widespread social advantage.

More crucially, the notion that empathy, ethics, and creativity remain uniquely human advantages underestimates how quickly AI is advancing in precisely those domains. Large language models now compose music—one AI band, Velvet Sundown, has surpassed one million monthly streams on Spotify—while also generating fiction that blurs the line between imitation and originality, crafting persuasive narratives, and even simulating emotional understanding in therapeutic chatbots. A recent randomized trial with 300 college students, for instance, found that an AI-driven chatbot significantly reduced anxiety, underscoring the potential of such systems as scalable and accessible tools for mental health support.

These systems may lack true consciousness, yet they are increasingly proficient in domains where the appearance of understanding or creativity matters as much as genuine experience. With each advance, AI relentlessly erases the line between imitation and reality, propelling us toward a future in which it may seem more human than humans themselves. If AI can replicate our most fundamental human qualities, what will it mean to be truly human in a world where the boundary between authenticity and imitation has all but vanished?

Será que o aumento da procura do curso de Engenharia civil se fica a dever somente à gravíssima crise de habitação ?

Com um total de 572 colocados o curso de engenharia civil revela um aumento de 2.5% face ao número de colocados na primeira fase do ano passado, que embora à primeira vista possa parecer ligeiro, deve no entanto ser visto num contexto mais amplo, de uma redução total de 16% de candidatos e de uma redução de 12% de colocados no concurso nacional para todas as áreas deste ano. Vide lista abaixo dos resultados do referido curso desagregados por instituição, com a U.Lisboa, a U.Porto e o Pol. do Porto à cabeça.

Uma explicação possível para o aumento de procura do curso de engenharia civil, que se tem verificado nos últimos anos, pode passar pela gravíssima crise de habitação que o nosso país atravessa, porém como parte dos diplomados nesse curso não fica a trabalhar em Portugal onde se pagam vencimentos muito pouco interessantes, uma outra explicação passará pelo facto do parque edificado ter um elevado gasto energético e a nível mundial haver um consenso sobre dois temas que a sociedade acha que a comunidade científica deve priorizar e um deles é a energia. https://pachecotorgal.com/2025/02/04/estudo-em-quase-70-paises-revela-quais-os-temas-mais-importantes-que-a-sociedade-espera-que-os-cientistas-deem-prioridade/

Ainda relativamente a este curso é pertinente recordar que há poucos meses atrás o Bastonário da Ordem dos Engenheiros revelou que há um défice de profissionais, pois o número de engenheiros civis que se aposenta a cada ano é superior ao número daqueles que as instituições de ensino superior estão a conseguir formar actualmente. https://pachecotorgal.com/2025/05/27/pessimas-noticias-para-recem-diplomados-relatorio-mostra-que-dezenas-de-milhoes-de-empresas-preferem-apostar-na-i-artificial/

1 – Universidade de Lisboa………..138 colocados   

2 – Universidade do Porto………….122

3 – Pol. Porto……………………………..51

4 – Universidade Nova………………..47

5 – Pol. Lisboa……………………………41

6 – Universidade de Coimbra……….39

7 – Universidade do Minho………….34

8 – Universidade de Aveiro…………..25

9 – Pol. Coimbra…………………………18

10 – UTAD………………………………..12

11 – Pol. Leiria…………………………..10

12 – UALG………………………………….9

13 – Pol. Viana Castelo…………………7

14 – Universidade da Madeira……….7

15 – UBI……………………………………..5

16 – Pol. Setúbal………………………….3

17- Pol. Viseu………………………………..3

18 – Pol. Bragança………………………..1

19 – Pol. Castelo Branco……………….0