Num post anterior, divulguei o facto do maior centro de investigação na área de ciência e engenharia dos materiais (CICECO), ter (em boa hora) decidido contabilizar quantos dos seus investigadores apareciam nos 5 (cinco) primeiros lugares de cada sub-área, no ranking Elsevier-Stanford, e tendo classificado esse desempenho como sendo um Outstanding Achievement, hoje porém dou conta de uma métrica onde o referido centro não se pode dizer que tenha tido um desempenho Outstanding.
Na rubrica “Dados e Valores” pode ler-se que o CICECO produziu 42 livros no período 2002-2022, porém uma pesquisa na Scopus, mostra que nesse período aquela unidade produziu 15 livros indexados, entre 8175 publicações indexadas, o que dá um rácio livros/publicações de 0.18%, que note-se é menos de metade do rácio médio de Portugal, que é de 0.40%, o que mostra que o centro CICECO apesar de ter um desempenho global muito Excelente, não tem infelizmente contribuído muito para ajudar Portugal a ganhar um mínimo de dignidade na métrica dos livros indexados, já que todas as universidades e politécnicos Portugueses juntos produzem menos livros indexados do que a pequena Universidade de Oxford.
PS – Também não se pode dizer que ter gerado até ao momento um total de 8 (oito) spin-offs possa ser considerada uma métrica excelente, porque na verdade um certo catedrático de engenharia, nada modesto, da Universidade do Porto, diz que no grupo dele já nasceram 10 (dez) e que esse número cresce à razão de duas novas a cada ano. Tenha-se presente a este respeito, que em termos comparativos, a Universidade de Oxford gera entre 15 a 20 empresas tecnológicas a cada ano ! https://innovation.ox.ac.uk/portfolio/companies-formed/
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