Depois de em 15 de Agosto, os Portugueses terem ficado a saber, que são os próprios juízes que acreditam que muitos dos seus Colegas de profissão são corruptos (facto de gravidade extrema porque como escreveu alguém “Uma comunidade sobrevive a políticos corruptos, mas não a juízes corruptos“) ainda nem sequer se tinham passado duas semanas dessa noticia, quando foi possível ler num blogue de um (corajoso e feroz) magistrado aposentado, que a credibilidade dos magistrados da cidade do Porto anda pelas ruas da amargura.
Para ajudar à desgraçada festa, no blogue do mesmo (corajoso e feroz) magistrado aposentado, ficou ontem a saber-se que a credibilidade da magistratura da Madeira ainda anda pior, num post sobre uma recente sentença do TEDH, que no final remete para um outro blogue, onde se descobrem coisas verdadeiramente espantosas e não estou a referir-me à juíza dos 7 (ou 8) maridos que lá aparece mencionada, mas a factos que se não provam pelo menos constituem fortes indicios de práticas corruptas que passarem impunes. É claro que é importante não esquecer o contexto, isto é, que Portugal é o mesmo país onde houve dois juízes que condenaram o advogado Sá Fernandes, só porque ele gravou uma conversa com o empresário, Domingos Nevóa, onde aquele prometia pagar 200.000 euros ao vereador e irmão do advogado Sá Fernandes. Felizmente porém que pelo menos nesse caso os juízes do TEDH acharam essa sentença absolutamente vergonhosa e condenaram o Estado Português, embora quem devesse ter sido condenado a pagar a indemnização eram os referidos dois juízes. Quanto ao corruptor activo, Domingos Névoa, que alguns juízes da Relação deram como sendo absolutamente inocente e até vitima de gravação ilicita, não lhe aconteceu rigorosamente nada, porque como é hábito em Portugal, o processo prescreveu !
PS – O supracitado (corajoso e feroz) magistrado aposentado, é o mesmo que um dia não teve medo de escrever, acerca de membros do Governo de José Sócrates, o seguinte: “Não se admite que um cabrão de um secretário de Estado, ministro ou um filha da puta qualquer que seja governante e receba do erário público, gaste uma média de 295 euros por refeição paga por todos nós, através do Orçamento de Estado. Não se admite, ponto final.”