É muito difícil acabar com rankings pouco rigorosos (leia-se rankings da treta) se há instituições, como o Técnico, que não se importam de lhes fazer publicidade gratuita, vide link supra !
Será que no Instituto Superior Técnico não sabem que um ranking de investigadores minimamente rigoroso tem de atender a três aspectos fundamentais:
1- Ser baseado na Scopus ou na Web of Science, para assim permitir a desambiguação de publicações (existem milhares de perfis “contaminados” no Scholar Google com publicações de outros autores) e evitar também o lixo “científico” de citações em publicações não revistas por pares, cujo número explodiu nos últimos anos, e que existem em abundância/excesso nessa plataforma, que é conhecida por aceitar tudo.
2- Ser capaz de remover o efeito da terrível praga das auto-citações, em que muitos cientistas se tornaram verdadeiros especialistas https://www.nature.com/articles/d41586-019-02479-7
3- Ser capaz de anular a vantagem perniciosa das citações em publicações com centenas ou milhares de co-autores, utilizando para esse efeito a contagem fraccionada, sugerida pela primeira vez em 2008 pelo Alemão Schreiber e mais recentemente por Koltun e outros. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/11/evaluating-researchers-in-fast-and.html
O tal ranking supra, a que o Técnico agora achou boa ideia fazer publicidade gratuita, consegue o espantoso milagre de não conseguir cumprir nenhuma das referidas condições. É o que se pode designar por um ranking de tripla treta.
Note-se que o conhecido ranking da Clarivate Analytics não cumpre a terceira condição (e nem sequer consegue passar no teste do número de prémios Nobel) e o único ranking de investigadores a nível mundial, que consegue cumprir as três condições e além disso ainda inclui quase uma centena de prémios Nobel é este aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/11/switzerland-denmark-and-sweden-has.html