O genial catedrático candidato a Bastonário da Ordem dos Engenheiros

Hoje no jornal Público há uma polémica sobre um concurso para escolher o representante de Portugal num evento que se realiza na Itália e na contestação menciona-se a entre outras coisas a disparidade das classificações dos jurados. Isto lembra-me um concurso que teve lugar na universidade do Porto em 2013 para seleccionar um professor associado, cujo candidato vencedor tinha na altura 2 publicações Scopus e 2 citações e em que no critério relativo a publicações e citações 6 membros do júri lhe atribuíram um classificação média de 43% mas o sétimo jurado, catedrático da Universidade de Lisboa no IST (que agora se candidata a Bastonário da Ordem dos Engenheiros), lhe atribuiu nada mesmo do que 80%. Exactamente a mesma percentagem que atribuiu também a um outro candidato ao mesmo concurso, que possuía à data 60 publicações Scopus e centenas de citações. 

De lá para cá o referido candidato vencedor, continua igual a si mesmo, com as mesmas duas publicações Scopus, enquanto o candidato perdedor mais do que duplicou a sua produção Scopus e viu as suas citações aumentarem dez vezes, o que faz prova que o catedrático agora candidato a Bastonário da Ordem dos Engenheiros é sem dúvida um génio visionário.