Os professores catedráticos Portugueses que possuem uma métrica de citações superior à de alguns prémios Nobel

A Clarivate Analytics decidiu remover da sua lista anual da HCRs, investigadores que tinham milhares de publicações indexadas, porque segundo aquela isso indica comportamento pouco ético, pois não é plausível acreditar que haja investigadores possuidores de super-poderes de publicação, como eu já tinha denunciado em 2021 aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/03/how-many-papers-can-superscientist.html

Curiosamente há vários anos atrás sugeri que analisando o rácio de publicações totais pelas altamente citadas, seria fácil perceber esses evidentes desvios estatísticos, o que na altura concretizei através de uma lista com mais de uma centena de investigadores. Na mesma foi possível constatar que  somente os prémios Nobel, que ao contrário dos tais investigadores com super-poderes, não publicam muito, é que conseguem apresentar elevados valores desse rácio e ainda mais interessante foi constatar que há alguns catedráticos portugueses que conseguem ter um rácio superior ao de vários vencedores de um prémio Nobel, vide lista infra: https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/05/ranking-de-investigadores.html

Caetano Reis e Sousa (Francis Crick Inst)……..37%

Nobel Brian Kobika……………………………………..33%

Nobel Peter Agre…………………………………………32%

Pedro Santa Clara (U.Nova de Lisboa)…………..32%

António Damásio (U. Southern California)……..32%

Miguel. B. Araújo (CSIC)………………………………30%

Nobel James Rothman…………………………………29%

Nobel Gregory Winter…………………………………..29%

Nobel Arthur Ashkin…………………………………….29%

Nobel Konstantin Novoselov…………………………26%

PS – Por uma estranha coincidência um desses catedráticos, Pedro Santa Clara, que que recentemente foi notícia por conta de um prémio que muitos consideram o Nobel da Educação (WISE Prize for Education), deu uma longa, interessante e impiedosa entrevista ao semanário NascerdoSol, onde arrasa o sistema de ensino Português, não só ao nível do ensino básico e secundário, mas também e particularmente no ensino superior, onde nem sequer a formação médica escapou ao demolidor exercício do referido catedrático.